Palavras Entressonhadas

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Eu e a minha borracha


Estava eu a fazer os trabalhos de casa, quando ouvi uma voz a sair do meu estojo.

- Ei, chega-te para lá caneta, estás a esmagar-me!- gritou a borracha.

- Quem está aí?-interroguei-me.
- Não está ninguém - respondeu a borracha.

Depois de ter ouvido aquilo, fui ver o meu estojo e assustei-me, nunca tinha visto os materiais a mexerem-se e a borracha disse-me violentamente:

- Eu não te disse que não estava aqui ninguém?!

- Bem, como estava a falar, tive curiosidade em ver o que se passava - respondi eu.
- Olha, já agora que estamos a falar calmamente podias mostrar-me a tua casa? - perguntou a borracha.

- Nós estamos a falar calmamente!? - exclamei eu.
- Claro que estamos.- respondeu a borracha.
-Muito bem! Mas vais ver só o meu quarto, então vamos começar.

Passado uma hora, a borracha aborreceu-se e declarou:

- O teu quarto é uma seca.
- Olha quem fala - respondi frustrado.

E por magia a borracha voltou ao seu estado normal e para dentro do estojo.


Vitor Palma, 5º A

A playstation 3

A playstation 3, farta de estar sempre no mesmo sítio, aproveitou o facto da playstation portable estar junto dela, para iniciar uma conversa:

- Olá! Então que tal vai a vida?
- Não tão boa como a tua, já estou farta de estar sempre no mesmo lugar.
- Mas tu não sais de casa? - Perguntou indignada a playstation portable.
- Não. Eu sou uma consola de jogos fixa.

Muito espantada, a playstation portable perguntou:
- Então não conheces o sol, o Mar, a Natureza?
- Não, estou sempre aqui em cima desta mesa. Mas tu podias explicar-me o que é a Natureza…
- A Natureza?
- Sim?
- Bom, a Natureza é tudo aquilo que está lá fora, quando se passa aquela porta. Lá fora existem muitos animais, flores, muitas pessoas…
- Então quer dizer que a Natureza é bonita?
- Muito bonita!

Entretanto chega o menino João (o dono das consolas) e leva a playstation portable. A playstation 3 ficou novamente sozinha, na esperança de encontrar novamente a playstation portable para poder saber mais coisas que existem para lá da porta
.
João Claro Nº10 -
5ªA

O Estojo e a Borracha


Um dia dentro duma mochila do pequeno Pedro, o seu estojo, que continha material escolar, começou a falar com a borracha.

- Olá, amiga borracha, estás muito caladinha e arrumada no meu fundo! – Disse o Pedro.
- Claro, amigo estojo, eu estou um pouco triste porque já percebi que tenho pouca importância. – Respondeu a borracha.

O Estojo achou estranho a resposta e retorquiu:
- Acha que tem pouca importância, mas eu não acho, penso até que é muito utilizada para apagar tantos disparates que os alunos fazem por falta de atenção.
-Pois é senhor estojo, mas desde que os alunos decidiram rasgar, riscando todos os enganos, nem me ligam. Depois inventaram os corretores e eu fiquei um pouco abandonada. Você é mais feliz do que eu! – Lamentou-se a borracha.
- Não pense assim companheira. Os tempos mudam, mas você ainda é bastante usada, talvez mais no desenho. Eu também não sou tão feliz assim. – Comentou o estojo.
- Não é feliz? - admirou-se a borracha. - Leva todas as matérias e é bastante usado.

O estojo explicou então:
- Nem tudo o que parece é. Eu sou comprado, sou usado algum tempo e logo me põem de lado e compram outro estojo mais recente. –Explicou o estojo. - A nossa sorte é parecida. Tenha paciência.
- Sim, amigo estojo, entendi e fico mais alegre porque já não estou sozinha. – Concluiu a borracha.

Tânia Gomes
5º A nº25

O LÁPIS E O AFIA


Era uma vez um lápis grande e novo e um afia muito velho e cansado, que estava quase na reforma.
O lápis gabava-se muito que era novo e bonito e o afia ignorava a sua conversa.
O lápis todo vaidoso não parava de dizer:
- Sou novo, lindo e grande, sou o maior.
O Afia respondeu-lhe:
- Não te gabes tanto, pois também vais ficar velho como eu…
- Não, nem penses! Respondeu-lhe o lápis todo convencido.
Certo dia chegou um menino muito traquina à escola onde estavam o lápis e o afia e começou a afiar o lápis tantas vezes que este começou a reduzir-se. Furioso, o lápis reclamou:
- Pára, pára, eu ainda sou muito novo…e quero viver ainda muitos anos feliz!
O menino não ouvia e foi reduzindo o lápis cada vez mais a um simples pedaço de lápis de 2 cm. O lápis sentiu-se insignificante e muito, muito triste, quando percebeu que o afia tinha razão. A verdade era que ele já não era lindo nem grande…e quase já não se notava a sua existência.
Muito triste, foi pedir desculpa ao afia:
-Desculpa ter gozado contigo. Eu só agora é que percebi que as coisas más não acontecem só aos outros, pois desta vez calhou-me a mim.

Tomás Filipe Fernandes Mendonça
5ºA nº26

A PSP E A NINTENDO

Este diálogo passa-se entre uma PSP e uma Nintendo, num dia em que eu saí e as deixei juntas em cima da minha mesa de cabeceira.

Disse a PSP para a Nintendo:

-Nintendo, sabes que eu tenho dezanove botões?
- Tantos !!! – respondeu a Nintendo. - Para é que queres tantos botões?
- Olha … , cinco são para o movimento; três são para o som; um para a luminosidade; dois são de ajuda; quatro são de acção; dois superiores e um para ligar e desligar. – informou a PSP.
- PSP, eu só tenho treze botões. - afirmou a Nintendo.
- Para é que servem os teus botões? – quis saber a PSP.
- Dois são para ajudar; quatro para mover; quatro para a acção; dois superiores e um para ligar e desligar. – respondeu a Nintendo.
- Olha que giro. Eu tenho uma capa de protecção e tu tens uma tampa com ecrã que abre e fecha. – declarou a PSP.
- Agora vamos calar-nos e ficarmos quietas, porque o Bernardo está a chegar. –alertou a Nintendo.

Assim acabou o diálogo entre as duas “amigas de jogar”.



Bernardo Gil
5º A

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

A Conversa entre o Microfone e a Guitarra


-Olá, guitarra, como está? – perguntou o microfone.

-Olá microfone, eu estou bem e tu? – disse a guitarra.
-Eu não estou assim tão bem. – informou o microfone.
-Porque é que tu estás triste? –questionou-o a guitarra.
-Porque amanhã os donos deste estúdio vão deitar alguns microfones fora. Sei lá se um deles serei eu. –lamentou-se o microfone.
- Não te preocupes, amigo, tu cantas lindamente! Eu, quando ouso o teu som, fico maravilhada. - reflectiu a guitarra.
-Mas tu não sabes que no meu último concerto, aquele a que tu não tiveste, aí sim, o meu som não saiu de lado nenhum, não sei se foi das colunas ou se fui eu. – replicou o microfone.
- Então esquece isso, porque estás a olhar para a guitarra que sabe consertar coisas. –argumentou a guitarra.
- Então tu podes ajudar-me? –interrogou, admirado, o microfone.
- Claro que sim, e vamos começar pelas colunas. – respondeu a guitarra.
- As colunas é que estão avariadas, não é? – reconheceu o microfone.
- Tens jeito para isto! – elogiou a guitarra.
-Então quer dizer que o problema é das colunas! – gritou, entusiasmado, o microfone.
- Sim é! – concordou a guitarra.



Catarina Ferreira, nº 4 - 5º A

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Animais Nossos Amigos




O cão que faz ão, ão, é bom amigo como os que o são.


É bom amigo, fiel companheiro, é o melhor amigo do homem o ano inteiro, e toda a vida, mesmo que essa vida seja sofrida!









O leão é o rei da selva, a águia, a rainha do ar.







O porco manda na pocilga e a baleia no mar.
Joana Campos, 6º B

Uma história inventada por mim...

Era uma vez um livro que todas as pessoas gostavam de ler. O seu nome era o Livro Das Palavras. Este livro era muito falado por todos. Então, houve um dia em que o menino lhe rasgou uma página.

Passados alguns dias, a mãe do menino foi-lhe perguntar se ele o tinha lido.
O menino respondeu à mãe que já o tinha lido até ao fim e que tinha gostado muito.
A mãe foi ver o livro, mas, como reparou que este estava rasgado, perguntou-lhe se tinha sido ele que o tinha feito.
Ele disse que sim e a mãe zangou-se.

Mais tarde toda a gente soube o que tinha acontecido ao livro e,assim, já ninguém estava interessado em lê-lo.
O menino fIcou muito triste e resolveu começar a escrever um livro novo. Todos ficaram a saber o que se tinha passado.

E foram logo ver, mas repararam que o nome do livro era igual. Todavia, as palavras eram outras. As pessoas cheias de curiosidade, quiseram comprá-lo.
Foram contando umas às outras e todos corriam para o adquirir.
O menino ficou assim conhecido como o génio das letras.

Ana Silva, n1 - 6ºB